sexta-feira, 18 de setembro de 2009











"Ouse, ouse... ouse tudo!!

Não tenha necessidade de nada!
Não tente adequar sua vida a modelos,
nem queira você mesmo ser um modelo para ninguém.
Acredite: a vida lhe dará poucos presentes.
Se você quer uma vida, aprenda... a roubá-la!
Ouse, ouse tudo! Seja na vida o que você é, aconteça o que acontecer.
Não defenda nenhum princípio, mas algo de bem mais maravilhoso:
algo que está em nós e que queima como o fogo da vida!!"


-Lou Salomé-


Grande Lou ! Nunca deixarei de ser admiradora dessa mulher fascinante, que conseguiu domar até mesmo a personalidade agourenta de Nietzsche. O autor da frase "Se vais ter com uma mulher, leva o chicote." foi literalmente posto na coleira por Lou e muito provavelmente ficou insano por causa dela. Esses homens são tão fracos diante de uma grande mulher. ;D


Carpe Diem !




sexta-feira, 19 de junho de 2009

O Furo no Futuro

Deixo aqui o texto feito para um trabalho de história. O tema é "E se houvesse uma outra História?".

O Furo no Futuro

ㅤㅤㅤㅤHá uma teoria filosófica denominada Fatalismo. Esta teoria considera que todos os acontecimentos do mundo são previamente determinados, um evento somente ocorre por causa de outro anterior. Assim, não temos o poder de alterar a seqüência de fatos e seguimos implacavelmente para um Destino inevitável.
ㅤㅤㅤㅤ Em contraposição a essa teoria, há um ramo chamado Pragmatismo. O pensamento pragmático diz totalmente o contrário do fatalista: cada evento ocorre não necessariamente em função de um anterior, mas sim por causa de uma série de fatores. Na verdade, cada ação desencadeia uma série de possibilidades de eventos que, ao acontecer, também desencadeiam outras possibilidades e perspectivas. Desse modo, Universo nada mais seria do que uma combinação de acasos aleatórios ocorridos ao longo do tempo.
ㅤㅤㅤㅤNesse contexto, a História desempenharia o papel de registro linear desse grande rol de acontecimentos. E sabemos que um pequeno acontecimento pode mudar todo curso que se segue, transformando talvez uma vida, uma paisagem, uma sociedade e até a humanidade inteira. Se, talvez, em algum ponto da evolução humana, algum ancestral hominídeo tivesse tomado um rumo diferente no trajeto evolutivo e originado um homem diferente do Homo Sapiens – se tornando um ser com uma mentalidade mais fraterna – os dias de hoje estivessem bem melhores para muitos de nós.
ㅤㅤㅤㅤOu então, se os pensadores iluministas tivessem conseguido implantar suas Utopias no mundo real, talvez as sociedades de hoje estariam bem mais igualitárias. Quem sabe, se o mundo tivesse adotado um sistema econômico diferente do capitalismo, fixando sistemas como o comunismo ou suas variações, talvez estaríamos vivendo um panorama social totalmente díspar dos dias atuais. Enfim, há uma lista de fatos que, ao serem alterados, dão margem a toda uma especulação de realidades.
ㅤㅤㅤㅤPoderiam, então, existir realidades alternativas: um mundo mais justo, mais correto, menos egoísta e com qualidade de vida superior para todos? Claro que sim. Apesar de alguns teóricos acreditarem que a maldade é inerente ao ser humano, outros afirmam que o homem é um produto do meio e do contexto histórico, variando o comportamento de acordo com as condições exercidas sobre ele. Convém lembrar que Sartre, certa vez, disse a respeito do homem e de seu surgimento no mundo: A existência precede a essência, ou seja, primeiro o homem existe e depois se define, através do seu contato com o mundo e uso de sua liberdade. É justamente o que torna possível o homem fazer-se a si mesmo, ao invés de já nascer pré-determinado.
ㅤㅤㅤㅤO que faz não estarmos em um mundo diferente é justamente a idéia de que nada no passado pode ser modificado. Todavia, a partir do momento em que consideramos que o futuro não está previamente determinado, podemos especular alterações – para melhor, posto que o homem, a sociedade, é um organismo em constante Devir, deslocando-se virtualmente. O próprio homem é um acidente. Não existem, no homem, “causas primeiras” interferindo em seus atos, a não ser a lei da sobrevivência.
ㅤㅤㅤㅤSabemos que a sociedade é um conjunto humano e não sobrevive na ausência do homem. Este, estando sempre em fase de transformação e sendo um agente modificador, tem plena capacidade de alterar todos os valores que regem o mundo, desde que tenha vontade e disposição para tal. Quando o ser humano muda individualmente, esta mudança se reflete no coletivo e pode alterar todo o meio. Caso o homem mude para melhor, a sociedade também muda para melhor.
ㅤㅤㅤㅤAinda bem que o passado é estático e imutável. O que aconteceu um segundo atrás já ficou marcado na linha do tempo e jamais poderá ser modificado. No entanto, enquanto o passado é irreversível, o futuro é um caminho completamente incerto e livre para todo tipo de transformação. É nele em que devemos mirar nossos objetivos e trabalhar para proporcionar sempre uma melhora social, seja em que campo for. Nas palavras de Raul Seixas: “O presente é um furo no futuro por onde jorra o passado.” Assim, para querer revolucionar o mundo, não basta simplesmente ficar conjeturando nostalgicamente sobre o que já passou, é preciso agir e seguir em frente, sem olhar para trás nem se arrepender.


Carpe Diem ;D

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Hum.

    Hum... sei lá.
    Gostaria que tudo fosse como a ciência. Sempre disposta a apagar todas as teses em função de um erro, para então reformular tudo de novo.
    Mesmo que até para a ciência isso seja uma utopia.

    E morte aos ditadores, principalmente aqueles que fazem uso da autoridade em sala de aula para impor regrinhas inúteis. Principalmente aqueles que são mais infantis que uma garota de 16 anos.
    Enfim, acho que não estou muito afim de dissertar.
    Como diria algum gênio aí: Nenhum grande gênio pensa como se estivesse fazendo uma dissertação.

Carpe Diem 

domingo, 8 de março de 2009

Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado."

Oscar Wilde

sábado, 7 de março de 2009

Pra não dizer que não falei do π

     Andei bisbilhotando esses sites de matemática e achei umas coisinhas bem interessantes sobre o nosso amado e idolatrado Pi.
     Como por exemplo: O Dia do π. É, pois é... o π tem dia marcado no calendário americano, pois 3.14, no padrão do calendário deles, significa dia 14 de março. Então, não esqueça que daqui a exatamente uma semana comemoraremos por aqui o dia do π!
      Vocês sabem que esse número é miserável, não? Tem mais de um bilhão de casas decimais e um japonês (como sempre, os japoneses) conseguiu decorar 83.431 casas decimais. Só pra ter uma idéia, ele demorou 13 horas para dizer todos os números em um lugar público de Toquio. O nome dele é Akira Haraguchi, e ele é psiquiatra.
       Só mesmo outro psiquiatra pra entender a mente de uma pessoa dessas.
    Bom, e pra quem gosta de musiquinhas, tem um site que faz musicas com os algarismos do π. Você escolhe 10 notas e a musica vai até a centésima casa decimal.
  O site é esse:


    Enfim, tem gosto pra tudo.



Carpe Diem

Divisão por Zero


    Poucas pessoas costumam pensar nesse ponto um tanto insignificante da matemática: a divisão por zero. Para os matemáticos comuns essa divisão simplesmente não existe. Não se pode dividir um número por zero porque, simplesmente, você não conseguirá achar um resultado plausível! 
    Por exemplo: imagine que você tem uma maleta com 1000 reais e deseja dividi-los por 5 pessoas. Óbvio: 200 reais para cada uma. E se você desejar dividir por 2 pessoas? 500 reais para cada uma. No problemas! Agora, imagine que você queira ficar com o dinheiro todo para si: 1000 dividido por um é 1000. O dinheiro é todo seu!
    Agora, e se você quiser dividir o dinheiro por 0? É o mesmo que pegar a maleta e... atirar bem longe! Ou simplesmente largar no meio do caminho e ir embora...
    Acontece que a divisão por zero pode ser uma coisinha bem destrutiva, vejam:




    Bom, se para os matematicos comuns essa divisão não existe... para os programadores de computador uma divisão por zero pode fechar o programa automaticamente, ou resultar na sigla NaN (not-a-number).
    Algumas pessoas tendem a considerar a divisão por zero como resultando em um numero infinito, mas convenhamos, isso não faz o menor sentido.
    Enfim, é mais uma coisa sem explicação nenhuma, que existe na nossa vida, no nosso cotidiano. É que nem o valor de π, que ninguém sabe ao certo ainda. Os matemáticos e os computadores tentam até hoje encontrar o resultado dessa divisão, que permanece infinito e não é uma dizima periódica. É o resultado entre o comprimento de uma circunferencia dividido pelo seu diâmetro. E olhe que esse número é do tempo de Pitágoras!
    Essas coisas, do mesmo jeito que me instigam, me causam uma certa raiva pelo grau de complexidade e simplicidade ao mesmo tempo. São coisas que até hoje permanecem inexplicáveis, assim como a origem do Universo, aquela pergunta meio idiota sobre o ovo e a galinha, e outras coisas mais...
    Enfim, pra encerrar por aqui... gostaria de convidar a todos para o Primeiro Encontro de Retas Paralelas:




Local: Infinito

Data: a ser definida

   Abordagens especiais de limite, série divergente e divisão por zero.

Bom proveito!

Carpe Diem




quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre a criação do blog II - Vitral ideológico

    Eu, em minha incapacidade de ser resumida, tenho necessidade de continuar explicando o que me leva a estar aqui sentada, em frente a uma tela luminosa, cutucando velozmente pequenos quadradinhos de plástico (o que em conjunto é denominado de teclado) com a finalidade de transferir meus pensamentos para o qualquer um que se digne a entendê-los.
    A mente humana é uma coisa incrível!
    [...]
    Partindo do principio de que o Universo é formado por partículas fundamentais e indivisíveis (os chamados átomos) e considerando que na natureza nada se cria, nada de destrói: tudo se transforma, podemos afirmar que todos nós somos feitos da mesma matéria. Eu, você, o computador, a luminosidade e até mesmo nossos pensamentos. Nossos pensamentos? Sim. Afinal, eles são provenientes de reações químicas que ocorrem entre os neurônios
    Os átomos tem a mesma composição: prótons, neutrôns, eletrons, quarks, neutrinos, hádrons e seja lá o que for... variando apenas em relação a quantidade desses componentes. Como disse Spinozza, são a causa não causada. São a força que impulsiona todo o Universo, desde o bater das asas de um inseto até o movimento dos planetas. Os átomos estão presentes em todos os lugares, ou seja, são onipresentes.

    Como assim?
    Imagine sua carne, que é feita de células compostas de moléculas de glicose, lipidios e proteínas originárias de seu alimento, que pode ser proveniente de vegetais, que cresceram com os nutrientes que vieram da terra, fazendo uma reação de gás carbônico, água, material orgânico e luz solar. Tudo isso agora é parte de você! E imagine, até o material orgânico que alimentou a planta pode ter vindo de outras plantas, animais e até mesmo pessoas!

    Os átomos controlam tudo no Universo, ao mesmo tempo que são controlados também. Não existem agentes externos, pois o átomo é o próprio agente. Ele é seu único modificador. (Qualquer semelhança com Deus é mera coincidência.)
    Ou seja, o Universo é UNO, é um só. E todos nós fazemos parte de um sistema que age em conjunto. Porém, somos autônomos, o conjunto de átomos que rege nossa mente decide nossas atitudes. Atitudes essas que alteram o meio em que vivemos e que, por sua vez, se altera por si só. Observe que modificamos nosso meio ao mesmo tempo que somos produto dele. Isso é uma junção da teoria determinista (alemã) com a teoria positivista (francesa). 
   E, como já disse antes: a Verdade Absoluta não existe, o que existe são conceitos comunitáriamente aceitos, que podem se alterar conforme a época. Todos os conceitos foram criados pelo homem, então, não existe nenhuma verdade que não tenha sido constatada pelos sentidos (visão, audição, olfato, paladar, tato) e a expêriencia de vida.
    Entendeu? Não? Vamos a mais um exemplo:

    Imagine uma maçã. A maçã tem formato aproximadamente esférico, cor avermelhada, aroma característico e sabor característico (doce). Você sabe disso porque já teve contato com uma maça. Sabe o tamanho e peso aproximado, e sabe que a maça é comestível.
    Agora imagine uma "esdratila". Consegue imaginar uma? Acho que não, até porque, não existe. Se você nunca teve contato com uma "esdratila", nunca chegou nem a vê-la, nem a tocá-la, nem a senti-la, nem a cheira-la, nem a viviencia-la, você não conseguirá descrevê-la.
    Isso acontece porque, quando nascemos, somos uma tábula rasa (conceito de John Locke) que, aos poucos vai sendo preenchida pelas idéias, hábitos e costumes. É a chamada cultura.
    Apesar disso, existem certos dados que serão sempre verdadeiros, porém, esses dados não se referem ao ser humano. Se a humanidade toda se extinguir, essas informações continuarão sendo verídicas. Por exemplo: 
  • A soma dos ângulos internos de um triângulo sempre será 180º .
  • A soma do quadrado dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo.
  • Um objeto tente a continuar em repouso ou em movimento retilinio uniforme, desde que ausente de forças externas.
  • A reação entre um ácido e uma base será sempre de sal mais água.

    Essas são verdades naturais, que não dependem da existência do ser humano. Fora isso, todos os conceitos podem ser modificados.
    E lá vem aquela mesma frase de Hegel: A história é como um rio, e a Verdade, o certo e o errado, dependem apenas do lugar em que estamos, ou seja, do ponto de vista e do momento histórico. Ai vem aquela história da escravidão... e o blablabla todo.
    Por esse motivo não podemos dizer que era "este" ou "aquele" filósofo que estava com a razão. Não podemos dizer que Platão estava errado ao afirmar que para cada ser existente na Terra havia um modelo perfeito desse ser no Mundo das Idéias, pois cada ideal é adaptado ao seu tempo. E até porque os conceitos de hoje foram construídos em cima das idéias anteriores. (A própria teoria de Darwin sobre a Origem das Espécies foi um pouco inspirada nessa idéia - maluca, diga-se de passagem - de Platão)
    A História é como a correnteza de um rio. As águas de hoje certamente não serão as mesmas de amanhã, sendo portanto uma coisa dinâmica, viva. Pode-se até afirmar que a História consiste na constante transformação dos átomos e no reagrupamento da matéria.

  •  ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A AUTORA:
 
   Eu sou niilista, ou seja, acredito que o homem é quem cria seus próprios valores. Não somos obrigados a seguir regras de conduta impostas por outras pessoas. Devemos, sim, seguir o nosso código de ética e moral que, na minha concepção, se traduz em: Não faça para os outros aquilo que você não quer para si. Dentro desse código, eu devo respeitar ou outros como eu respeito a mim mesmo.
    Concordo com Lou Salomé, a respeito de que não devemos seguir o modelo de uma outra pessoa, e nem ser um modelo para ninguém. A liberdade é um direito do ser humano. Somos, sim, parte de um sistema, mas temos autonomia para interferir nele da maneira que desejarmos.


Tudo é relativo.
O homem ainda traz em sua estrutura física a marca indelével de sua origem primitiva.
— Darwin

Sobre a criação do blog

    Antes de tudo, é preciso fazer uma apresentação que consiga abranger todos os aspectos da criação desse espaço, afinal, não é a toa que se gasta - inutilmente ou não - um determinado tempo escrevendo sobre assuntos variados sem que se tenha um certo propósito ou expectativa quanto ao aproveitamento desses escritos.
    Pois bem: meu propósito é transferir conhecimento a qualquer individuo interessado nele. E mais que conhecimento, desejo expandir minhas opiniões sobre assuntos diversos, em especial a filosofia e a metafisica. Às vezes, ficamos bitolados em alguns conceitos da nossa sociedade e esquecemos que também temos uma mente analítica capaz de opinar sobre qualquer coisa, sem estarmos presos a dogmas, códigos de moral e outras regras cuidadosamente impostas sobre a sociedade. Regras estas que foram criadas pela sociedade, pelas elites, com seus motivos e pretensões etc. 
    Como assim, regras criadas? A ética, a moral não é inata? 
    Bem, vamos, desde já, deixar uma coisa esclarecida por estes domínios: Toda e qualquer regra da sociedade foi criada pela mente humana, inclusive a religião e a moral. Assim, a cultura nada mais é do que a oficialização do ideal criado, por isso há tantas culturas e ideologias distintas espalhadas pelo mundo. Partindo desse princípio, pode-se afirmar que a ideologia é mutável e está sujeita a transformações.
    Esse é meu ponto de vista. Afinal, não existe nada pré-concebido. Não há nenhuma voz sobrenatural que dite nossas regras e nossos costumes. Somos plenamente responsáveis por tudo que impomos a nós mesmos e aos outros.
    Um exemplo disso é o conceito de pudor. Nas sociedades de origem européia ou que foram colonizadas pelos europeus, como é o caso do Brasil, andar nu é extremamente proibido e considerado crime. Por que? Sei lá! Mas é escandalizante ver uma pessoa andar nua no meio da rua.
    Imagine a cena: Você está andando tranquilamente em algum lugar perto de casa e de repente se depara com algum maluquinho andando pelado na frente de tudo e de todos. Com certeza, você já deve estar ouvindo os gritos exaltados das senhoras, bradando: Mas que pouca vergonha! Alguém chame a policia! Isso é um desrespeito! e muitas outras coisas mais.
    Sim, ver alguém pelado na rua é garantia de escândalo geral.
    Agora, imagine um dia na praia. Sol escaldante torrando o couro cabeludo, suor escorrendo pelo rosto, o corpo todo grudento por causa do suor... E pessoas vestidas em trajes de banho. Meninas, moças e senhoras cobertas com aqueles poucos centímetros de pedaço de pano denominados biquines. Sunguinhas coladinhas. TopLess (?) E tudo isso é absolutamente normal!
    Por que não é escândalo ver uma pessoa semi-nua na praia?
    E isso porque as duas situações estão dentro de uma mesma cultura.
   Agora, e os índios? Os índios vivem nus, não tem roupa, e convivem muito bem com isso. A visão do sexo oposto é vista com naturalidade.
    Você ainda acredita que a moral é inata?
    Isso tudo foi para ilustrar a teoria de que as ideologias são criadas pelo homem, são mutáveis e estão sujeitas a transformações. Ok. Já disse isso. Mas daí podemos ir além: Podemos acreditar que se tudo muda, NÃO EXISTE UMA VERDADE ABSOLUTA, e portanto uma coisa que é verdadeira hoje pode ser falsa amanhã, ou vice-versa, a depender do rumo da sociedade.
    Mais exemplos?
    Vamos começar com um bem simples: A escravidão.
    Na Era Moderna, desde o século XV até o século XVIII e XIX, a escravidão era considerada completamente natural. E o africano era considerado uma raça inferior, destinado ao trabalho braçal, aos castigos, a vida de animal. Até mesmo a Lei Áurea, que aboliu o sistema escravista no Brasil, não foi promogulada por motivos ideológicos, e sim por interesses financeiros: criação de um novo mercado consumidor, criação de um trabalho assalariado, incentivo a imigração... e tudo aquilo que estudamos na Revolução Industrial... 
    Hoje, a escravidão é considerada crime, um absurdo, uma crueldade... O africano é considerado como igual ao branco, ao asiático, ao índio e a todas as demais raças. 
    (Estou falando da escravidão no Brasil. Eu sei que existiram escravos brancos, índios, asiáticos - se duvidar até e.t. já foi escravo, mas enfim, continuando...)
    E quem está com a razão? As pessoas que acreditavam que escravidão era natural ou as que acreditam que é um crime?
    90% das pessoas que leram até essa parte vão dizer que somos nós, é claro. Mas não somos.
    Não existe ninguém com razão.
    Como disse o filosofo alemão Hegel, a história é como um rio e estamos sentados em sua margem. As águas que passaram ontem não são as mesmas que passam hoje. Cada época tem um ponto de vista e isso não significa que uma época estava errada, nem que a outra estava certa. São somente pontos de vista. E como esses pontos de vista foram criados pelo homens, são mutáveis e estão sujeitos a transformação.
    Se você perguntasse a alguém do século XIII: "Quem é que está em movimento: A Terra ou o Sol?" Obviamente, ele responderá: O Sol!
    E mais: ele ainda completará: O Sol gira em torno da Terra, por isso temos o nascer e o pôr-do-sol. Nós somos o centro do Universo, e a Terra é plana!
    Sim, sabemos que a Terra é que gira em torno do Sol, dentro do sistema solar, formado por oito planetas, dentro da Via-Láctea, que tem entre 200 e 250 bilhões de estrelas...
    Mas quem está com a razão? Nós ou o homem da Idade Média?
    Imagine a situação do coitado: Vê todos os dias o sol de movimentando de leste a oeste pelo céu, vê que o mar termina em uma linha e aprende na escola e na Igreja que a terra é o centro do Universo! Provavelmente, se você lhe contasse a verdade, ele riria da sua cara.
    Provavelmente, você não concordará com meu ponto de vista, afinal a ciência comprova que a Terra gira em torno do Sol, mas e daí? A ciencia confirma que existem elétrons, prótons e neutrôns sendo que você nunca viu nenhum. Não seria isso uma questão de fé?
    Mas esse assunto é muito polêmico, e eu com certeza poderei discorrer sobre eles em uma outra ocasião. Fica a compreensão de alguns e a indignação de outros... não me importo de ser criticada, desde que a critica seja coerente e visando alguma coisa construtiva.
    Carpe Diem


Hoje eu falei sobre:
  • Niilismo
  • Pragmatismo